É prisão e desespero.
Aquela dor de agonia,
de natal sem ceia
É como perder o ar e ser considerado vivo
Andar pela escuridão,
ser um eterno cativo
Olhar fixo no
horizonte, esperando a salvação
Perceber que sua vida
é uma triste aflição
Sinfonia sem ritmo,
canto sem voz
Relógio que gira,
cada vez mais feroz
Ha quem diga que é
fácil ver o tempo passar
Não chamaria de sorte
ao mais puro azar
Imploraria uma prece,
para aliviar minha dor
Tentar aquecer a alma,
como frio e cobertor
Parece que na cadeia,
todo preso fica mudo
Ou vai ver quem está
fora, tenha ficado surdo
Aflição também dói,
quem me trará o remédio
Como se alguém
ouvisse, o clamor do tédio
Vou morrer nesta
cadeia antes de ver a luz do sol
Sem nem mesmo ouvir o
canto do meu lindo rouxinol
Pode ser que eu
mereça esse castigo implacável
Deve ser meu destino,
morrer como um miserável
Pobre de mim, que não
vejo a luz do sol
Fui um peixe azarado que
mordeu o anzol
O destino deu as
cartas, eu não soube jogar
Foi por isso que a
vida decidiu me abandonar
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