Deixando livre o coração!
Fazia bastante tempo, que não
sabia o que era deixar livre o coração. Talvez, lá no fundo, até possamos,
mesmo que discretamente, mandar no coração. Não que ele seja obediente, ou, que
respeite alguma autoridade, longe disso, fosse assim, deixaria de ser coração,
mas, como pensar não dói, com alguma reflexão, podemos dar também um tombo, em
nosso coração.
Espero não estar enganado, espero
que ele não descubra, mas acredito ter encontrado, a chave, que há muito tempo,
oculta estava. A chave que desliga tudo, se não desliga, ao menos, muda o rumo,
em se tratando de amor, já é algo bem oportuno.
A dor que antes não me largava,
com a qual já me acostumava, depois da chave encontrada, como que uma alforria,
havia me libertado. Não havia mais dor, nem mesmo aquele vazio imenso, restaram
apenas lembranças, poucas, mais duas ou três magoas, isso, a gente tira de letra.
Pode até ser que um dia, o fel que antes era tão azedo, transforme-se em mel,
ou suave penedo.
Na vida não se descarta nada,
tudo se recicla, se recicla e se transforma. Amor, todavia, é lixo orgânico,
depois que acaba, nem para adubo... Adubo, entretanto, é o que quero encontrar,
tratar bem o solo vazio, preparar para um novo amor, daqueles que leva a gente,
perder até mesmo o pudor, porque a vida às vezes exige, muito mais do que
apenas amor, e quando chega este momento, entre a vida e o amor, se ficarmos
com o primeiro, certamente, poderemos viver o segundo depois...
Deixemos a vida correr, deixemos o amor andar, se pelo caminho a gente escorregar, sacode a poeira, tenta de novo, quem sabe em algum outro lugar, um coração especial, estará esperando por lá...
ResponderExcluirParabéns Patrick, só felicidade cada volta, lindo texto.
Palavras que se encaixam como luva em nossos corações.
Jane Di Lello.