Felicidade,

Gabriel, vinho e talento!

17:06 Equipe Das Letras 0 Comments

Foto Reprodução: GloboSat/GNT
William Shakespeare, poeta, dramaturgo, e seguramente o maior escritor da língua inglesa, num certo dia de inverno, ao degustar o mais delicado vinho em companhia de seu amigo e sucessor, John Fletcher, exultante ao reler um de seus textos, bradou em alta voz: "O talento revela-se exatamente porque esconde a sua perfeição!" - Quem poderá contradizê-lo?

Se The Barde, como é conhecido Shakespeare no Reino Unido, vivesse em nossos dias, certamente ele gritaria essa mesma frase ao ver o desempenho de Gabriel Coelho, no The Taste Brasil, reality do Canal GNT que promove um desafio culinário a fim de revelar os novos talentos da gastronomia brasileira. Mas por que falar de Gabriel? Pelo motivo de que neste espaço sempre escrevo sobre a vida, e, podem acreditar, o menino que da de ombros ao convencional e arrisca o impensável, é um exemplo de viver, em contraponto aos que hoje apenas sobrevivem ao curso da vida.

Tenho dito a bastante tempo que muitos de nós somos como zumbis, personagens de filmes de ficção, feitos realidade, vagando sobre a face da terra, ocupando espaço, construindo massa atômica, sugando recursos, mas, apenas e tão somente sobrevivendo. Não pulsam, não vibram, não arriscam! Estão todos mortos, mas ainda não descobriram…

E passar a vida apenas passando, caminhar apenas caminhando, é triste demais, é solitário demais, é ultrajante demais. Entre tantas possibilidades de se deixar uma marca, um legado, um feito, não fazê-lo é quase um pecado, não dos que são condenados por algum ser superior, mas daqueles que são condenados pela própria existência humana. Apenas viver, não basta. É preciso arriscar, pois apenas quem arrisca, vibra, e só quem vibra merece definitivamente o ar que respira.

É hora de abrir a garrafa de vinho que está guardada a tantos anos, fazer aquela viagem, trocar de emprego, pedir o divórcio, afastar-se dos maus amigos, é tempo de fazer o que de fato amamos, pois, a exemplo de Barde, a qualquer momento as cortinas podem se fechar, a plateia desaparecer e todas as aparências, as convenções, as regras, podem ter sido em vão.

É tempo de por seu tempero na colher, cozinhar o cupim em uma hora, tempo de fazer valer seus planos e suas vontades, e, ainda que todos digam que falhou, que errou, que perdeu, você, o centro daquilo que realmente importa quando fecharem-se as cortinas, poderá dizer: Valeu a pena! Eu pude ser a essência do realmente sou! Eu pude ser meu universo!

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